As emoções são parte da vida. O que fazer com elas?

As emoções ditam a nossa vida.

Ao longo do dia, tomamos muitas decisões sem pensar, de forma emocional. Podemos até achar que escolhemos racionalmente, mas, na verdade, as emoções é que conduziram nossas escolhas.

As emoções nem sempre são as melhores.

Irritação, raiva, medo, tristeza, ciúmes, culpa, ansiedade e muitas outras podem fazer parte da nossa jornada.

Quantas vezes você se deixou levar por sentimentos ruins e fez coisas de que se arrependeu depois?

Eu escolhi esse tema porque alguns conceitos podem ajudar muito a resolver suas questões emocionais.

Agora, deixo um convite: leia o texto a seguir se você quer transformar sua vida!

Em uma sala de aula, um professor assusta os alunos com uma prova surpresa. Bem, alguns se assustam, porque não sabem bem a matéria e estão precisando de nota; outros ficam em dúvida, porque talvez possam ir bem; e poucos ficam tranquilos, porque sabem que conseguem ir bem nessa matéria.

O mesmo evento causa reações totalmente diferentes nas pessoas.

As suas emoções não dependem do evento em si, mas sim da maneira como você interpreta o que acontece e dos significados que dá para isso. Por exemplo: sabemos que algumas pessoas são muito irritantes, e ficamos mal só por estarem perto.

Quando você diz: – Essa pessoa me irrita, dá o poder para essa pessoa de irritá-lo.

É diferente de dizer: – Eu me irrito com essa pessoa. Neste caso, você tem consciência de que quem se irrita é você, de que é o único responsável pelas emoções que sente.

Muitas vezes as nossas emoções são direcionadas devido a aprendizados de vida, por exemplo: uma pessoa idosa morre e todo mundo fica triste.

Esse sentimento faz parte da nossa cultura. Já em outras culturas, a morte é vista como uma bênção e a ênfase está na alegria de ter tido essa pessoa viva por tanto tempo.

Mas, afinal, o que são as emoções?

Elas são uma parte interna de nós que querem passar uma mensagem.

Se olharmos para as emoções dessa forma, ficará mais fácil compreendê-las, atender ao que pedem e transformá-las em emoções melhores.

Vamos a alguns exemplos:

• A intenção da alegria é de revelar o quanto alguma coisa é boa e maravilhosa dizendo a você: – Eu quero mais disso!
• A intenção da tristeza é de nos mostrar que algo muito bom, muito importante se foi ou acabou. Ela quer nos alertar para buscarmos outras formas de se alegrar.

• A intenção da raiva é de nos defender, mas o melhor é escolher uma forma inteligente de fazer isso: se afastar, brigar, discutir, ficar calado, pedir ajuda…

• A intenção do medo é de nos proteger e encontrar uma forma de reduzir os riscos.

• A intenção do nojo é de nos proteger e promover a saúde, evitando entrar em contato com algo que pode ser tóxico.

• A intenção da ansiedade é mostrar o quanto um evento presente ou futuro é importante em sua vida. Quando você reconhece que é importante, tem a oportunidade de se preparar, mas cabe a você direcionar o seu foco para o momento presente, para o que está ao seu alcance realizar a cada instante.

• A intenção da vergonha é revelar a sua insegurança diante de um possível julgamento dos outros. Através da vergonha você reavalia o seu comportamento e escolhe mudar para se adequar ao que você mesmo ou os outros pensam, ou não, simplesmente não se importar com julgamentos em uma próxima vez.

• A intenção da inveja é de revelar a você que algo é motivo de desejo. Cabe a você não desejar diminuir o outro, ou querer que a pessoa perca o que ela tem, mas sim, verificar as suas próprias condições de conseguir um resultado semelhante, ou em outro campo da sua vida.

Ao identificar cada emoção e compreender o que ela quer, você pode escolher como atender a esse chamado.

Os seus comportamentos não precisam ser reações a uma emoção que aflora; eles podem ser escolhidos visando um resultado: qual ação tem mais chance de fazer com que você alcance o seu objetivo?

E essa não é uma forma fria de se relacionar. Pelo contrário, é apenas uma forma sábia que leva em conta as emoções e as suas necessidades.

Como mudar um estado emocional?

Vamos primeiro pensar nos componentes das emoções.

Uma pessoa chega a um shopping e quer estacionar o seu carro. Ela já comprou o ingresso para ir ao cinema, mas o estacionamento está muito lotado. Quando vê uma vaga, um outro carro toma esse lugar antes que possa chegar lá.

A pessoa, então, é tomada por uma emoção de impaciência, porque terá que continuar procurando uma vaga.

O que contribui com esse sentimento de impaciência?

• Uma imagem de um estacionamento totalmente lotado, sem absolutamente nenhuma vaga, no qual ninguém vai sair e liberar um lugar.
• Uma frase: “Vou perder minha sessão de cinema”.
• Tensão muscular nos ombros, nos braços e nas mãos segurando o volante.

Pode ser que a pessoa perca mesmo a sessão; pode ser que não.

O fato é que o estado de irritação não vai mudar a situação. Pelo contrário, sabemos que, quanto mais tranquila uma pessoa está, mais chances ela tem de achar alguma solução para um problema, seja a situação corrente, seja uma próxima questão para lidar no dia dela.

Frases, imagens e fisiologia (tensão muscular)

fazem parte dos componentes das emoções.

Como poderíamos alterar esses componentes para que a pessoa possa se sentir bem?

• Que tal a imagem do seu carro estacionando em uma vaga?
• Que tal a frase: – Logo vai sair alguém e eu vou estacionar.
• Que tal respirar fundo, soltar bem o ar e relaxar os ombros.

Quando estiver sentindo uma emoção em uma determinada situação, faça uma revisão das imagens mentais associadas a isso e das frases que você diz para si mesmo, das que você escuta das pessoas ao seu redor, pois elas representam significados. Além disso, verifique a sua fisiologia: como está a sua respiração, as tensões musculares e os seus movimentos.

Encontre novas imagens, frases e fisiologia que favoreçam um estado emocional melhor para lidar com o seu desafio.

“As emoções não são determinadas pelas circunstâncias, mas pelo que está acontecendo no íntimo da pessoa em relação àquelas circunstâncias.” (CAMERON-BANDLER, Leslie; LEBEAU, Michael. O Refém Emocional, 1993)

É mais fácil perceber esses elementos em situações repetitivas. Toda vez que você está em uma determinada situação, você fica irritado. Vem as mesmas frases e imagens à sua mente e o seu corpo se tenciona da mesma forma.

Experimente, na próxima vez, fazer as alterações necessárias e verifique como vai se sentir. Antes, dizia para si mesmo que essa situação o irritava, mas, a partir de agora, vai dizer que você se irrita com essa situação sempre. 

Em sessões de Mentoria, é muito comum eu ajudar as pessoas a lidarem com emoções mais complexas. Nem sempre a pessoa consegue sozinha desatar os nós emocionais que carrega por toda uma vida.

Se esse for o seu caso, fique à vontade para entrar em contato. Vamos conversar!