Pensar demais ou nem pensar? Descubra o que fazer com seus pensamentos
Os pensamentos influenciam diretamente nas emoções, direcionam as escolhas e decisões e determinam ações.
Estamos o tempo todo produzindo pensamentos; é uma das funções da nossa mente. Por esse motivo, podemos dizer que uma boa parte dos resultados que colhemos em nossas vidas depende de nós mesmos.
Tente fazer essas perguntas para si:
- Eu penso o que eu quero pensar?
- Meus pensamentos me ajudam ou me atrapalham?
- Como direcionar melhor meus pensamentos?
Eu te convido a ler agora o texto abaixo e encontrar as respostas para essas perguntas!
Em PNL (Programação Neurolinguística), estudamos detalhadamente a estrutura dos pensamentos. Eles são formados por:
ideias – imagens – sons – sensações – palavras – frases
Quanto às imagens, elas podem ser externas, o que nós vemos no mundo, e podem gerar outras: internas, lembradas ou até criadas.
Experimente agora mesmo: olhe para um objeto no seu ambiente e, em seguida, feche os olhos, mantendo essa imagem clara na sua mente. Complete-a com outras imagens que você mesmo gera. Por exemplo, mude a cor do objeto, coloque ele de cabeça para baixo, imagine-o multiplicado em vários lugares do ambiente ou lembre-se de uma experiência que você teve com ele.
Você pode fazer a mesma coisa com um som, imaginando-o vindo de outro lugar, aumentando o volume, incluindo um barulho de uma sirene ou uma melodia. Pode também lembrar de outros momentos em que já ouviu um som parecido.
Agora perceba também as suas sensações físicas
Você pode sentir a temperatura ambiente, pode perceber o seu corpo apoiado, sentir seus pés, sua cabeça e sua respiração.
Todos os estímulos captados vão se unindo às referências que já existem e formam, assim, a experiência subjetiva.
Além das imagens, dos sons e das sensações, existe nosso diálogo interno, que nos ajuda a compreender as experiências. Ele é composto por palavras e frases que revelam a nossa interpretação do mundo, os julgamentos e conclusões.
Por exemplo, você chega a uma festa, vê várias pessoas conhecidas assim que entra e diz para si: – Nossa que legal!
Essa frase valida o seu estado emocional e o sorriso no rosto, demonstrando alegria.
Será que já consegue responder a primeira pergunta: você pensa o que quer pensar?
Não em um primeiro momento. De imediato, seu pensamento é determinado pelos estímulos recebidos, que são processados de acordo com suas experiências de vida, sua bagagem e no que você acredita.
Mas, afinal, você tem consciência dos seus pensamentos?
Eu proponho agora um outro exercício.
Encontre uma posição confortável, feche os olhos e acompanhe a sua respiração, concentre-se no seu corpo por um momento para você encontrar um estado de relaxamento. Em seguida comece a observar os seus pensamentos, de maneira consciente coloque bastante atenção neles. Procure memorizar a sequência das ideias que passam pela sua mente, como se você, em seguida, fosse escrever em um papel tudo o que pensou.
Por exemplo:
Eu pensei em um lindo parque com um lago, depois eu vi pessoas andando pelo parque. Uma das pessoas andava com um cachorro, eu pensei que ele poderia se desprender da coleira. No momento seguinte eu penso no cachorro solto correndo em direção ao lago e se jogando na água.
Seja o que for que você esteja pensando, acompanhe esse pensamento como um observador. A partir desse momento você começa a ter consciência do que passa pela sua mente.
E como funciona isso na prática?
Ao se deparar com uma situação qualquer na sua vida, você recebe estímulos sensoriais que te indicam o que está acontecendo. Em seguida, você usa de todo o seu conhecimento para agregar significado a essa situação, e isso vem acompanhado de imagens, sons, frases e sensações. Uma vez que você mapeou a situação e deu significado, tem opções e escolhas do que fazer, como se comportar, o que dizer e qual decisão tomar.
Com todo esse processamento mental, em alguns casos você fica muito satisfeito com os resultados que obtém na vida. Outras vezes você não gosta nada das suas escolhas, reações e comportamentos.
Talvez você perceba que age sempre de maneira programada e não consegue mudar a forma como se expressa. Nesse ponto você começa a rever a sua forma de pensar para encontrar novos caminhos, e experimentar opções que te levem a resultados diferentes.
Voltando no exemplo da festa:
Ao chegar eu só vejo pessoas que não conheço, posso ficar triste, porque meus amigos não vieram, ou posso ficar feliz porque tenho mais chances de fazer novas amizades.
Qual dos dois pensamentos você acha que contribui mais para a experiência desse evento?
Temos assim respondida a segunda pergunta: os seus pensamentos ajudam ou atrapalham a sua vida?
Depende de cada caso, mas ao observá-los você consegue descobrir que outros pensamentos ajudariam mais e pode assim, em um segundo momento, escolher o que quer pensar.
Quando pessoas que passam pelo mesmo evento têm percepções e emoções totalmente diferentes, o que está por trás disso é a experiência subjetiva de cada um.
Direcione o seu foco
Vamos agora à terceira pergunta: como direcionar melhor o seu foco?
Você não consegue dar para si mesmo o comando de não pensar em algo. Para você dizer que não vai pensar mais nesse problema, você precisa necessariamente pensar no problema. Então, a melhor forma de parar de pensar em alguma coisa é pensar em outra coisa.
Mas, é comum nos darmos conta de um pensamento ruim, que não ajuda em nada, só quando ele já foi elaborado na nossa mente.
Pessoas que se preocupam demais e criam na mente o pior cenário de tudo dando errado, muitas vezes me pedem ajuda em sessões de mentoria para mudar essas ideias. Às vezes, quanto mais a pessoa se esforça para não pensar, pior fica. E nós sabemos o quanto pensamentos ruins podem influenciar negativamente o nosso dia e os nossos resultados.
Então, se esse for o seu caso, faça o seguinte: não fuja dos pensamentos ruins. Pense em tudo de pior que pode acontecer, e, logo em seguida, pense no oposto, imagine tudo ao contrário, o melhor que pode acontecer. Depois, se quiser, pense em mais algumas alternativas boas.
Dessa forma você trouxe para a sua experiência subjetiva uma série de possibilidades. Essas alternativas vão direcionar você para as melhores ações e uma vez que você fez tudo que estava ao seu alcance para aumentar as chances das coisas darem certo, você pode então escolher direcionar o seu foco para qualquer outro assunto que te deixa bem, relaxado, feliz ou criativo.
Assuma o controle
Não pensar é algo impossível mas, pensar demais não faz bem. Quando você compreende os elementos que fazem parte da sua experiência subjetiva, quando observa os seus próprios pensamentos, você assume o controle e direciona o seu foco.
É um exercício contínuo, que tal fazer essa experiência?
Em sessões de Mentoria, é muito comum eu ajudar as pessoas a organizarem a sua maneira de pensar. Muitas vezes são as crenças que a pessoa carrega pela vida que impedem uma mudança.
Nem sempre a pessoa consegue sozinha desatar esses nós. Se esse for o seu caso, fique à vontade para entrar em contato. Vamos conversar!