Críticas, aceite-as!

          Críticas destrutivas são aquelas que rotulam negativamente, sem que a pessoa tenha possibilidade de argumentar, entender ou sequer mudar. Esse tipo de crítica deve ser evitado ao máximo por não ajudar em nada. 

          Um exemplo é quando alguém diz:  – Você é igualzinho a fulano! Comparando você a uma pior pessoa. Nesse caso a pessoa que critica já julgou e condenou, afirmando uma verdade (que ela acredita) para a qual não há o que discutir.

          Muitas vezes esse tipo de crítica é feita com ênfase na identidade, afirmando que uma pessoa “é” assim e pronto. Quando a crítica vem assim, é como se não houvesse nada a ser feito para mudar isso.

          Só é bom enfatizar a identidade para aspectos positivos que não precisam de explicação, como elogios por exemplo: – Você é legal! – Você é um excelente funcionário! Um feedback construtivo é sempre dado se referindo a comportamento e não a identidade. Comportamento é tudo aquilo que pode ser captado por uma câmara filmadora, ou seja, imagens e sons. Por exemplo: – Você não completou o relatório de desempenho.  Feedbacks que se referem a comportamentos dão a oportunidade da pessoa mudar e melhorar.  – Você ficou calado e não deu sua contribuição na reunião de produção. Fica claro o que não está bem e o que precisa ser feito. 

          É muito bom começar um feedback dizendo um elogio verdadeiro, com a palavra “é”; e seguir fazendo uma crítica no nível do comportamento. 

          Para receber um feedback é importante que a pessoa esteja aberta a ouvir e não se defender ou se justificar. Ao invés disso, é legal fazer perguntas para entender realmente o que está sendo dito e qual o novo comportamento que resolve a situação.

          Inicialmente não se trata de concordar com a crítica, nem em fazer o que está sendo sugerido, mas apenas entender. Só depois disso é que a pessoa pode concordar com o feedback ou não. Se o indivíduo concordar, ele pode mudar e se não concordar pode continuar tendo o mesmo comportamento.

          Para finalizar, nada melhor que uma projeção ao futuro, por exemplo: – Uma vez que você me entregar o relatório de produção completo, você também ficará responsável pelos relatórios de desempenho, conto com você!

          Esse tipo de finalização tranquiliza a pessoa para realizar a mudança necessária, gera engajamento e motivação. Quando não se faz a projeção de futuro, encerrando na crítica, pode dar a impressão de uma ameaça e que poderão haver consequências. Isso gera uma tensão e insegurança desnecessárias.

          Para ter mais chances de sua crítica ser aceita, comece com um elogio (verbo é), continue com uma crítica (no comportamento) e finalize com uma projeção ao futuro. 

          Experimente e conte-me os resultados!