Diálogo no relacionamento: o que dificulta as trocas entre o casal?
Muitos problemas entre o casal nascem na ausência ou nos erros de comunicação.
Isso acontece porque as pessoas têm diferentes jeitos e canais para se comunicar: algumas querem dizer muito com poucas palavras, outras são redundantes e querem falar o tempo todo, ocupam todo o diálogo com suas visões e argumentos.
Pode acontecer de alguém tentar falar, mas não se sentir compreendido, ou de ter dificuldade para compreender e se sentir frustrado por isso.
Se a comunicação não dá certo, vocês muitas vezes não se entendem e isso está gerando brigas e comprometendo a relação, então veja aqui algumas propostas de solução que eu mostro através da PNL.
PENSAR, FALAR, EXPRESSAR
Nem tudo acontece com você planejou. Você imagina uma frase de um jeito e ela sai totalmente diferente. Isso acontece porque, muitas vezes, você não consegue traduzir o que está pensando em palavras.
Com relação as suas expressões é a mesma coisa. Envolvem o corpo, movimentos e a linguagem não-verbal. Muitas vezes não saem como você pensou.
Seu trabalho é ter congruência no pensar, falar e expressar, evitando desentendimentos. Seu trabalho também é checar se a comunicação está funcionando: como será que a outra pessoa está recebendo tudo que você diz? Suas palavras estão fazendo sentido?
Conversar não é responsabilidade só de um
Cada um tem a sua forma de interpretar o mundo, o que chama a sua atenção, as suas crenças, e o seu jeito de se comportar e de se sentir. Porém, um relacionamento é um compartilhamento onde cada um tem a sua parcela, ninguém é responsável sozinho pela comunicação.
SE…
Se você não tem ou não dá a oportunidade do outro falar,
se quando você se expressa, sente que a outra pessoa não te entende,
se só um tenta entender,
se a conversa até existe, mas não sobre pontos fundamentais,
se vocês têm opiniões diferentes e não chegam a um acordo,
SE situações assim ou semelhantes estão acontecendo, então a Programação Neurolinguística (PNL) pode ajudar trazendo soluções por meio de de uma visão sistêmica sobre a dinâmica do seu relacionamento.
Sua comunicação é uma ponte
A conversa deve ser um caminho de ida e volta, seja você quem está se propondo a ouvir e compreender, seja a outra pessoa, quando for a sua vez de esclarecer o seu ponto de vista.
Usar bem as palavras é um exercício de adaptação.
“A maioria de nós não sabe ouvir. Somos mais eficientes em pensar e falar. Aprender a ouvir pode ser tão difícil quanto estudar uma língua estrangeira.” (CHAPMAN, 1992).
O bom diálogo exige o hábito de ser um bom ouvinte, ter empatia com o outro lado, e promover segurança para cada um expressar o que pensa e o que sente.
Lembre-se de que, para comunicar-se bem, você precisa explorar outros mapas, outras formas de pensar e ver o mundo.
Sua linguagem é seu suporte
Como você se comunica?
Dizemos que uma pessoa é mais visual, outra pode ser mais auditiva e uma terceira pessoa mais cinestésica. Essa característica de cada pessoa se reflete na maneira como ela se comunica, e no seu foco de atenção.
Agora, entenda sobre cada um.
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Canal visual:
aqui, a pessoa tem mais foco nas imagens, características visuais e físicas. Quem é visual presta mais atenção na expressão da outra pessoa do que no que ela diz, opera com muitas imagens na sua mente e fala mais rápido para poder acompanhar o seu próprio processo mental.
Podemos identificar uma pessoa mais visual percebendo a maneira dela de vestir-se, com roupas e cores específicas que têm significado dependendo da ocasião. As pessoas visuais podem valorizar presentes bem embrulhados, bonitos, com uma excelente apresentação.
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Canal auditivo:
aqui, o foco está em falar e ouvir. Pessoas auditivas prestam atenção aos sons. Elas identificam claramente uma emoção pelo tom de voz da outra pessoa e podem lembrar-se de cada palavra que foi dita. Além disso, percebem os sons ambientes, música e ruídos.
Elas podem saber se você está bem ou não só de ouvir a sua voz.
Uma pessoa auditiva não fala tão rápido com uma pessoa visual; ela presta atenção ao ritmo e à pronúncia correta de cada palavra.
Palavras de afirmação, aprovação e consentimentos são muito importantes e o silêncio também pode ter significado.
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Canal cinestésico:
aqui o foco está no sentir. Pessoas cinestésicas se importam muito com o toque, o olfato e o paladar. Em um relacionamento, elas precisam de movimento, toques físicos, proximidade, sentir o que estão ouvindo ou dizendo.
A pessoa cinestésica sente o “peso” das palavras e precisa encontrar no seu corpo o significado da conversa. Não importa se o doce que ela ganhou de presente está mal embalado ou se a embalagem faz barulho ao abrir, e sim o cheiro e se é mesmo gostoso.
O ritmo da conversa é mais lento. Não são imagens que passam rapidamente nem sons que têm ritmo; são sensações que precisam de tempo.
Fica mais fácil adequar-se quando você entende o seu canal de comunicação e o da pessoa com quem se relaciona.
Seus valores determinam seu posicionamento
Além da linguagem, outro aspecto que é fundamental para o bom relacionamento entre as pessoas é o alinhamento dos seus valores.
Muitas vezes, em sessões de Mentoria de Vida para casais, descubro que o principal problema é uma grande divergência de valores. O que é importante para um não é importante para o outro e isso gera desentendimentos.
Os valores de uma pessoa funcionam como crenças. Crenças não necessitam de comprovação; são o que a pessoa escolhe como certo e pronto. Por isso, o que você defende como certo e errado pode não servir para a outra pessoa se ela acredita em outras coisas.
Exemplos de divergências em valores:
Uma pessoa valoriza o prazer imediato e a outra valoriza o bem estar futuro, mesmo que tenha que se sacrificar no momento.
Uma pessoa gosta de planejamento e rotina, outra de aventura, aproveitar oportunidades e explorar novos campos.
Uma pessoa valoriza muito o aprendizado, o conhecimento e os títulos, a outra valoriza o material, trabalhar, ganhar dinheiro e viajar.
Uma pessoa valoriza o racional e tem foco em argumentos, a outra valoriza o emocional, como ela e as demais pessoas ao seu redor se sentem.
Uma pessoa valoriza mais o contato com muita gente, festas e reuniões, a outra valoriza mais os momentos a dois.
Uma pessoa pensa muito nos outros, é altruísta, caridosa, quer ajudar e a outra pessoas só pensa no seu ganho e no seu próprio desenvolvimento.
Novamente, aqui, é importante conversar e se entender. Você faz as escolhas que faz e toma as decisões em função dos seus valores. A outra pessoa não precisa adivinhar o que você gosta e pensa, ambos podem perguntar.
A separação é sempre a última opção. Antes disso, deve-se priorizar a empatia, a paciência e o entendimento. É possível harmonizar a relação mesmo quando os valores divergem. Ao entender o que é importante para cada um, o amor se encarrega de fazer o trabalho de ceder.
Quando ambos se colocam no lugar um do outro, entendem os pontos de vista e se propõem a melhorar, se empenham em construir um relacionamento sólido e duradouro, tudo fica mais fácil, tudo flui e aí podem viver experiências lindas.
Agora, vocês entraram em rapport!
Essas são propostas da mentoria de vida para você conviver bem com a pessoa que ama. Simples palavras e pequenos gestos, mas significativos, podem ser transformadores!
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